PERCEPÇÃO DO CONSUMO DE CONTEÚDOS DE STORIES DO INSTAGRAM E DO TIKTOK POR MULHERES ADOLESCENTES
Nome: MARIANA MAURO PRETI
Data de publicação: 02/09/2025
Banca:
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Papel |
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CICILIA MARIA KROHLING PERUZZO | Presidente |
DANIELA ZANETTI | Examinador Interno |
LEONOR GRACIELA NATANSOHN | Examinador Externo |
Resumo: Este estudo de recepção propõe os stories do Instagram e TikTok como um
gênero híbrido entre audiovisual e algoritmos, pesquisando sua percepção
e consumo por mulheres adolescentes de escolas públicas de Vitória, capital
do Espírito Santo. O objetivo é investigar a recepção de conteúdos do
formato stories por parte de adolescentes mulheres para entender como se
configura este consumo e quais são as percepções das respondentes acerca
delas. A metodologia quali-quantitativa envolveu pesquisa bibliográfica,
estudo de recepção por meio da coleta de dados por surveys, além da
aplicação do método Delphi. Para a análise, empregou-se a Teoria das
Representações Sociais (Moscovici, 1961), bem como conceitos de mapas
cartográficos de Martín-Barbero (2004), acrescidos de apreciações de
especialistas sobre os principais eixos de respostas obtidas. Conclui-se que
este consumo 1) se dá de forma majoritariamente passiva, com uma pseudo
apropriação das usuárias em territórios digitais dominados por grandes
empresas de tecnologia sem regulamentação adequada; 2) é condicionado por
padrões de mercado orientados por algoritmos secretos e por uma publicidade
autorregulatória; 3) é orientado ao lucro em toda a sua cadeia produtiva,
dos influenciadores e anunciantes aos donos das plataformas digitais, à
despeito dos prejuízos que possa causar nos consumidores (usuários),
inclusive em sua saúde. A percepção das adolescentes sobre os conteúdos
dos stories se dá a partir de representações sociais que podem 1) ter
impactos nocivos em seu desenvolvimento, afetando sua saúde, autoestima,
sociabilidade, independência, seu senso crítico, seus valores e seus
relacionamentos; 2) reforçar a criação de hiper-realidades, em que a
diferença entre a realidade e sua representação se perde. Por fim,
propõe-se a ideia de “domesticação algorítmica”, por meio da qual as
plataformas digitais condicionam seus usuários às visões gerais
dominantes.