"VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA” - TERRITORIALIZAÇÕES DO CIBERESPAÇO PELO JORNALISMO FEMINISTA PARA ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES

Nome: FERNANDA COUZEMENCO FERREIRA

Data de publicação: 19/12/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CICILIA MARIA KROHLING PERUZZO Examinador Interno
DANIELA ZANETTI Presidente
LEONOR GRACIELA NATANSOHN Examinador Externo
ROSELY MARIA DA SILVA PIRES Coorientador

Resumo: Esta pesquisa se dedica a realizar um estudo de caso
que articula as temáticas violências contra as mulheres e apropriações
feministas do ciberespaço. O desejo que moveu esta pesquisa foi lançar
luzes sobre as exceções à regra, ou seja, experiências midiáticas onde a
mulher que denuncia violências tem seu protagonismo respeitado pelo discurso
jornalístico e, assim, contribui para qualificar o debate público acerca da
misoginia que estrutura a sociedade capitalista, o jornalismo hegemônico e
as plataformas digitais. O objetivo principal é compreender os discursos
acionados por meio das interações nas mídias sociais no âmbito da
cobertura de uma denúncia de violência institucional feita por um portal de
notícias vinculado à grande mídia. Objetiva-se refletir a respeito das
possibilidades de territorializações do ciberespaço pelo jornalismo
feminista e sua consequente atuação como parte das redes de apoio de
mulheres que denunciam violências. O corpus é composto por dois vídeos
publicados pela jornalista Cristina Fibe, da Universa/UOL, a respeito da
denúncia de violência institucional protagonizada por uma mulher negra da
periferia de Vitória/ES e acolhida pelo programa de extensão e pesquisa
Fordan/UFES. O fato foi amplamente repercutido pela mídia estadual e
nacional e, no âmbito desta pesquisa, é denominado Caso Aquieta o facho,
utilizando-se da expressão proferida pelo promotor denunciado, que, em
audiência judicial sobre pensão alimentícia, disse que o ex-casal deveria
aquietar o facho e retomar o casamento, pois tinham cinco filhas juntos. A
pesquisa utiliza análise documental, análise de discurso e análise de
conteúdo. Os dados e discussões levantadas durante a pesquisa empírica
evidenciaram que a abordagem diferenciada do jornalismo feminista exercitado
pela colunista influenciou as interações entre os internautas que se
manifestaram nas mídias sociais, promovendo interações majoritariamente
favoráveis à vítima.

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