O trabalho das agências de fact-checking no combate à desinformação em meio à crise de saúde pública da pandemia de covid-19
Nome: MARCUS VINICIUS DE SOUZA VIEIRA
Data de publicação: 13/09/2023
Banca:
Nome | Papel |
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JOÃO BARRETO DA FONSECA | Examinador Externo |
RAFAEL DA SILVA PAES HENRIQUES | Examinador Interno |
VICTOR ISRAEL GENTILLI | Presidente |
Resumo: O artigo tem como cerne o fenômeno da infodemia e seus efeitos no ambiente informacional da sociedade brasileira em meio ao enfrentamento da pandemia de covid-19, num tempo em que se observa marcas da pós-verdade como fenômeno sociocultural abrangente. O objetivo é entender a dimensão do problema da desinformação sobre a pandemia no Brasil, mediante uma análise de conteúdo do trabalho de checagem de mensagens falsas, realizado pelas agências brasileiras de fact-checking: Aos Fatos, Lupa, AFP Checamos, Projeto Comprova e G1 Fato ou Fake. Para tanto, além da pesquisa bibliográfica e documental, também foi realizado um levantamento de todas as checagens publicadas pelas agências entre 1o de agosto e 31 de outubro de 2020. Após a coleta dos dados, foi feita uma análise de conteúdo, de forma quantitativa e qualitativa, considerando categorias de análise estabelecidas metodologicamente. Concluiu-se que as agências fazem um trabalho pelo qual há muita demanda, abrangendo diversos tipos de formatos narrativos e os selos de classificação exercem papel significativo na consolidação das agências de checagem como um território de informações verídicas. Entretanto, a ausência de clareza das definições de verdade que as agências tomam como referência, o número exacerbado de selos usados e a quantidade enorme de falsas informações que precisam ser checadas são indicativos da necessidade de mais iniciativas no combate à desinformação e não somente por parte do campo jornalístico, para que se tenha um ambiente que propicie o exercício do direito democrático à informação.