Cineclubismo e territórios digitais: Pesquisa sobre cineclubes do Espírito Santo no contexto da pandemia de Covid-19

Nome: LUCAS GUIMARÃES BLUNCK SCHUINA

Data de publicação: 28/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARIANE DINIZ HOLZBACH Examinador Externo
DANIELA ZANETTI Presidente
SERGIO RODRIGO DA SILVA FERREIRA Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa se debruça sobre as formas de atuação dos cineclubes do estado do Espírito
Santo nas plataformas digitais durante a pandemia de Covid-19, que impossibilitou as práticas
tradicionais cineclubistas mas que, por outro lado, favoreceu a emergência de novas maneiras
de “assistir juntos, mas à distância”. O objetivo da investigação é fazer um registro histórico
desse período e estudar os impactos nas formas de socialização e fruição estética de obras
audiovisuais pelos participantes, bem como nos modos de territorialização dos cineclubes. O
estudo se fundamenta em autores que refletem sobre as práticas cineclubistas
contemporâneas, sobre as plataformas digitais e as novas formas do audiovisual em rede e
sobre os conceitos de território e territorialidades. O capítulo 1 disserta sobre os conceitos de
território e territorialidades aplicados aos cineclubes, e apresenta o um histórico do
cineclubismo no Brasil e no Espírito Santo. O capítulo 2 trata da cultura audiovisual em rede
contemporânea e seus impactos na atividade cineclubista. O capítulo 3 apresenta o trabalho de
coleta e análise de dados sobre o cineclubismo capixaba. Por meio de pesquisa documental,
foram encontrados 117 cineclubes no Espírito Santo entre 2003 e 2022, dos quais 29
realizaram ações pela internet durante a pandemia. Através de um questionário on-line,
também foram coletadas as opiniões de pessoas que participaram das atividades dos
cineclubes capixabas nesse período. E por meio de entrevistas em profundidade com
representantes de cinco cineclubes, respectivamente, das cidades de Águia Branca, Baixo
Guandu, Muniz Freire, Vitória e Vila Velha, chegou-se a informações qualitativas sobre os
cineclubes. Do ponto de vista metodológico, tratou-se de uma pequisa participante, uma vez
que o autor atuou no Cineclube Jece Valadão, de Cachoeiro de Itapemirim, no decorrer da
investigação. A conclusão do estudo é de que as mídias digitais contribuíram para que os
cineclubes construíssem novas redes de parceria durante a pandemia, mas que seus
participantes tiveram prejuízos em termos de interação social e na relação com os territórios
onde estão localizados.

Palavras-chave: Cineclubismo. Plataformas digitais. Espírito Santo. Território. Covid-19.

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