O Cinema Como Território do Armário: cidade, corpo e representações
contemporâneas

Nome: TADEU BARBUTO BOUSADA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/07/2021

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ERLY MILTON VIEIRA JUNIOR Orientador
GABRIELA SANTOS ALVES Examinador Interno
MARIANA BALTAR FREIRE Examinador Externo

Resumo: Esta pesquisa discorre sobre as relações possíveis entre cinema e armário, tendo como objeto de análise, três filmes brasileiros contemporâneos: Tatuagem (2013, Hilton Lacerda), Praia do Futuro (2014, Karim Aïnouz) e Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014, Daniel Ribeiro). Em primeiro lugar, entendendo o cinema enquanto sala escura, condicionamos o seu território juntamente a outros espaços que fizeram parte da organização sexual entre homens nas cidades brasileiras. Ainda nesta secção, contextualizamos brevemente o cinema nacional LGBTQ, ao abordar a sua presença nos períodos da Chanchada, Pornochanchada e Retomada, apontando a crescente onda de filmes sobre saída de armário, a medida em que se consolidava uma identidade gay no reflexo da pandemia de HIV/AIDS. Posteriormente, explanamos conceitos interligados às epistemologias e fenomenologias Queer, Feministas e os Estudos Culturais das Masculinidades, tais quais Casa-dos-homens (WELZER-LANG, 2001), Desorientação (AHMED, 2006), Heterossexualidade compulsória (RICH, 2010), Desidentificação (MUÑOZ, 1999) e Heteronormatividade (Michael WARNER, 1991), que se aproximam das práticas sociais atreladas a experiência do corpo no armário. Ademais, esses conceitos serviram de categorias analíticas, onde foi possível identificar processos compatíveis nos títulos estudados. Por fim, observamos a conexão entre armário e cinema segundo a dinâmica filme/espectador, onde o corpo reterritorializa as imagens cinematográficas através de uma consciência carnal, que não deixa de estar vinculada aos mapas culturais de cada indivíduo. Através do recorte e focalização (PAASONEN, 2011) de algumas cenas presentes nas filmografias analisadas, evidenciamos como a materialidade do filme pode convocar seu público, sobretudo aqueles em que o armário condiciona novas práticas de subjetividade e afeto. Palavras-chave: Armário; Cinema; Cidade; Corpo; Sigilo; Revelação.

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