Estratégias discursivas de engajamento social do Movimento Escola Sem Partido no Facebook
Nome: FREDERICO DE SOUZA RAMOS CARNEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/12/2020
Orientador:
Nome |
Papel |
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| RUTH DE CÁSSIA DOS REIS | Orientador |
Banca:
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Papel |
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| ALEXANDRE CURTISS ALVARENGA | Examinador Externo |
| ELEN CRISTINA GERALDES | Examinador Externo |
| FABIO LUIZ MALINI DE LIMA | Examinador Interno |
| RUTH DE CÁSSIA DOS REIS | Orientador |
Resumo: A pesquisa quer compreender as estratégias discursivas operadas pelo Movimento Escola Sem Partido (ESP) ao promover o discurso de combate à doutrinação ideológica no Facebook com o propósito de engajar os usuários. Enfatiza-se o uso dos meios persuasivos ethos, pathos e logos (CHARAUDEAU, 2006, 2010, 2016a, 2016b). Em um primeiro momento, aborda a literatura acadêmica que examina conceitualmente o lugar das trocas comunicativas informais na apreciação de temas da esfera política. A temática é desdobrada por estudos que investigação o fenômeno na internet. Em seguida, apoia-se
em levantamento bibliográfico para recuperar as origens do ESP e a trajetória do fundador, Miguel Nagib, dentro do recorte histórico da constituição das Novas Direitas no Brasil (CASIMIRO, 2016; GROS, 2002; ROCHA, 2017) e das estratégias políticas adotadas tendo em vista a conquistar da hegemonia (GRAMSCI, 2000). Procedimentos metodológicos. O corpus constitui-se de dados extraídos de 3.410 postagens pelo aplicativo Netvizz. A análise divide-se na interpretação das métricas de interação registradas no conjunto das publicações, na fonte dos links compartilhados e nos enunciados provenientes das dez postagens de denúncia mais comentadas. Como resultados, apontamos como o ESP fia a adesão dos usuários à exploração das emoções,
sobretudo da raiva. Essa estratégia se apoia no uso de conteúdos de vídeo e imagem nomeados como denúncia. Neles, o locutor apela a estratégias de polemização que dramatizam os eventos registrados e vilanizam os professores. O administrador da página se conecta aos leitores por ethés de identificação, comprometimento e projetando um ethos de anonimato ao citar enunciados de denúncias. A força argumentativa se respalda principalmente em saberes de crenças de ordem moral.
