Marcas de uma escrita de si no cinema de Lucia Murat
Nome: URSULA DART BOTTREL DO NASCIMENTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/04/2019
Orientador:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
GABRIELA SANTOS ALVES | Orientador |
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
ERLY MILTON VIEIRA JUNIOR | Examinador Interno |
GABRIELA SANTOS ALVES | Orientador |
ROBERTA OLIVEIRA VEIGA | Examinador Externo |
RUTH DE CÁSSIA DOS REIS | Suplente Interno |
Resumo: Este estudo parte da premissa que a cineasta Lucia Murat reterritorializa suas memórias, traumas e histórias pessoais em seus filmes inscrevendo-se neles. Entendemos que a cineasta utiliza como principal estratégia para essa inscrição a escrita de si que encontramos marcada mais profundamente em três filmes de sua filmografia: Que bom te ver viva (1989), Uma longa viagem (2011), A memória que me contam (2012). Nesta trinca de filmes, Lucia enreda suas memórias às dos personagens, auto-retratando-se naqueles retratos filmados e, a partir disso, nosso objetivo é analisar de que maneira essa escrita de si está marcada nesse retratos filmados, considerando as soluções estéticas e estilísticas adotadas pela cineasta em suas realizações e de que maneiras estas
soluções podem dialogar com as noções de desterritorialização. Para isto, partimos do entendimento que a cineasta ocupa, simultaneamente, as posições de cineasta e personagem, colocando-se diante dela mesma, provocando tensões nos limites tênues entre lembranças e esquecimentos, passado e
presente, personagem e cineasta, entre-cruzando tempos, espaços e subjetividades, limites que são estirados radicalmente em vários momentos dessa tríade.