Territorialidades audiovisuais e deslocamentos: os protagonistas negros no cinema de Quentin Tarantino

Nome: DELIO FREIRE ROCHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/04/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DANIELA ZANETTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE CURTISS ALVARENGA Examinador Interno
DANIELA ZANETTI Orientador
ERLY MILTON VIEIRA JUNIOR Suplente Interno
FABIO DIAZ CAMARNEIRO Suplente Externo
KENIA CARDOSO VILACA DE FREITAS Examinador Externo

Resumo: A questão racial está presente na origem do cinema com o filme O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith, caracterizando o campo cinematográfico como um cenário de disputa da representação da negritude desde o seu início até os dias atuais. Em meados dos anos 1940,
durante o pós-guerra, gêneros cinematográficos populares como o Western e o Noir começaram a se popularizar e a se tornarem mais complexos, trazendo um diálogo com questões contemporâneas. Nas décadas seguintes, variações desse gênero foram apresentadas por artistas e pesquisadores, como o Metawestern, o Western Spaguetti, o Blaxploitation e o Neo-noir.
Nesse trabalho, é feito um levantamento de textos teóricos demonstrando e interpretando os processos de discurso e centralidade de personagens negros nas obras de Quentin Tarantino, bem como o diretor dialoga, se apropria e reinventa os gêneros Western e Noir e suas variações, conseguindo com isso uma posição de destaque no campo cinematográfico norte-americano.
A partir da observação e interpretação realizada em torno de bibliografia sobre a representação do negro no cinema, das categorias teóricas Racismo (Achille Mbembe), Western (Andre Bazin), Campo (Pierre Bourdieu), Imagem Eurocêntrica (Robert Stam; Ella Shohat) e das análises dos filmes Jackie Brown (1997) e Django Livre (2012), realizados nos Estados Unidos no período de 1997 a 2012, apresentamos a hipótese de que a filmografia de Quentin Tarantino busca trazer ao centro da discussão cinematográfica questões de cunho racial e representação. Quentin Tarantino incorpora em sua realização cinematográfica a cultura negra, a formação racial nos Estados Unidos e o racismo institucionalizado. O objetivo do cineasta, como a presente pesquisa quer demonstrar, é o desenvolvimento de uma territorialidade simbólica onde
o personagem negro obtém protagonismo em suas narrativas.

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