O Jornalismo Como Palco de Disputas Discursivas: O movimento Feminista no Jornal a Gazeta do Espírito
santo (1986-2016)

Nome: VIVIANE RAMOS MACHADO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/04/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RUTH DE CÁSSIA DOS REIS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANIELA ZANETTI Suplente Interno
ELEN CRISTINA GERALDES Examinador Externo
GABRIELA SANTOS ALVES Examinador Interno
RUTH DE CÁSSIA DOS REIS Orientador

Resumo: Este trabalho tem o objetivo de entender como os discursos feministas são construídos no território discursivo do jornalismo, em especial no Jornal A Gazeta no período histórico de 1986 a 2016. Partimos do pressuposto de que o jornalismo dá visibilidade a discursos que os padrões culturais tornam invisíveis em uma normalidade e repetição e a partir disso cria notícias que vão pautar o cotidiano. Tratamos, sobretudo, da comunicação, objeto presente no cotidiano, de existência sensível, do domínio do real e firmada em práticas e objetos que podemos ver, ouvir e tocar. Como pano de fundo teórico-metodológico, utilizamos a hermenêutica de profundidade proposta por Thompson (2011), uma possibilidade de investigação social e que busca compreender como as formas simbólicas são produzidas. Além disso, delineamos os principais
marcos da história do movimento feminista no Espírito Santo, a partir dos vestígios deixados pelas reportagens presentes no jornal analisado, elaboramos uma análise quantitativa dos dados obtidos no corpus da pesquisa e analisamos um conjunto de seis textos selecionados sob a perspectiva teórica da Análise Crítica do Discurso, de Norman Fairclough (2001). Percebemos,
com fundamento na pesquisa empírica, que há uma diversidade no conteúdo publicado sobre o movimento feminista. Embora a maior parte dele esteja publicada em espaços dedicados a produtos ficcionais e culturais, também conseguimos identificar textos com teor político que contrapõem aos modos de organização da sociedade em distintos períodos históricos, contestam
padrões machistas e conservadores, ilustram a constante luta por direitos iguais entre homens e mulheres, além de especular sobre o futuro do feminismo. A reprodução dos discursos feministas no jornal, no entanto, não ficou limitada somente a construções positivas; identificamos também o aparecimento de textos que ainda reproduzem um estereótipo de
mulher voltada para lar, para as questões domésticas, hiper-sexualizada, e excluída das posições de poder na sociedade. PALAVRAS-CHAVE: jornalismo; feminismo; Jornal A Gazeta; discurso; poder.

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