A COMUNICAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS COMO MEIO DE EMPODERAMENTO PARA A CIDADANIA
Nome: MARIALINA CÔGO ANTOLINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/04/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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JOSÉ EDGARD REBOUÇAS | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CICILIA MARIA KROHLING PERUZZO | Examinador Externo |
JOSÉ EDGARD REBOUÇAS | Orientador |
RAFAEL DA SILVA PAES HENRIQUES | Examinador Interno |
Resumo: Esta pesquisa busca compreender a relação entre os processos comunicativos e as conquistas de cidadania. A comunicação é percebida aqui em seu sentido amplo abarca os meios de informação de massa, que trazem informações e entretenimento, mas são frequentemente manipulados por interesses econômicos; as mídias alternativas, que amplia vozes e luta por direitos, praticada principalmente pelos movimentos sociais; e a comunicação interpessoal, dialógica, que permeia os processos cotidianos das pessoas e as esferas públicas de discussões. Todas essas comunicações são percebidas como parte essencial do entendimento do que é cidadania, de como ela se desenvolve e influencia a maneira como o cidadão se vê como tal. Os movimentos sociais são analisados como parte fundamental deste processo, uma vez que atuam como os principais agentes de luta pela conquista de direitos nas sociedades contemporâneas. Este trabalho justifica-se na medida em que busca contribuir para o entendimento dos processos comunicacionais que permeiam o cotidiano da sociedade civil, a partir da análise da comunicação que envolve os movimentos sociais. Parte-se da proposição de que a comunicação em todos os seus aspectos é fundamental para esses movimentos enquanto atores na luta pelo fortalecimento da cidadania. Para isso, é apresentado um histórico e o debate atual dos conceitos de cidadania, direitos humanos, participação e movimentos sociais e sua relação com os âmbitos comunicacionais citados. O objetivo é contribuir para o entendimento da relação entre comunicação, processos democráticos e a construção da cidadania, ainda pouco pesquisada de forma sistemática. Este estudo teórico utiliza como metodologia o levantamento bibliográfico, buscando identificar, debater e relacionar conceitos já desenvolvidos por pensadores dos diferentes campos abordados. Dentre as principais referências bibliográficas estão Desmond Fischer (1984), Cees Hamelink (2004), Norberto Bobbio (1982, 2004), Fabio Comparato (2010), Thomas Marshall (1967), José Murilo de Carvalho (2004), Liszt Vieira (2001), Pedro Demo (1993, 1995), Juan Bordenave (1983), Charles Tilly (2007), Alberto Melucci (2001), Jürgen Habermas (1984, 1997), Andrew Arato e Jean Cohen (1992), John Downing (2004), Cicilia Peruzzo (1998), Paulo Freire (2013), Jesús Martín-Barbero (1997, 2012) e Milton Santos (2013).