Jornalismo, narrativas e discursos: um estudo sobre feminicídio: um estudo sobre feminicídio no jornal A Gazeta.

Nome: ISABELLA SILVA DE FREITAS MARIANO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/04/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RUTH DE CÁSSIA DOS REIS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANIELA ZANETTI Examinador Interno
GABRIELA SANTOS ALVES Suplente Interno
RENATA DE REZENDE RIBEIRO Examinador Interno
RUTH DE CÁSSIA DOS REIS Orientador

Resumo: Este estudo tem como objeto as narrativas construídas pelo jornal A Gazeta sobre casos de feminicídio ocorridos no Espírito Santo e pretende responder às seguintes perguntas: quais são os discursos produzidos pelos enunciados narrativos do jornal A Gazeta acerca do feminicídio? De que maneira as
diferentes posições de sujeito das vítimas são narradas pelo veículo? Partimos da noção de que o jornalismo é uma peça importante para a superação do problema, uma vez que tal enfrentamento exige redefinições em níveis simbólicos e cognitivos. Com isto, buscamos em primeiro lugar, compreender de que maneira o jornalismo contribui para a constituição do feminicídio como um problema social e, em segundo, colaborar com subsídios para definir estratégias que possam reduzir os índices de violência contra as mulheres. A partir da conceituação de “feminicídio”, “narrativa” e “discurso” e da
contextualização histórica de ações de enfrentamento à violência contra a mulher, pretende-se analisar os enunciados sobre esse tema presentes no jornal A Gazeta. Para tanto, levamos em conta a compreensão de
que os meios de comunicação não espelham o que se passa na sociedade, mas sim, por meio de suas narrativas, incidem sobre a constituição do acontecimento social. Foram escolhidos quatro narrativas sobre casos de feminicídio ocorridos no Espírito Santo em 2017 e 2018, envolvendo mulheres em diferentes posições de classe, gênero e raça. Essa análise foi realizada com base na hermenêutica de profundidade (HP) nos moldes de Thompson (2011), que define três fases principais para a investigação, que são: análise sócio-histórica, análise discursiva e interpretação/re-interpretação. O momento da análise empírica se deu nas duas últimas fases deste estudo, em que foi possível identificar as estruturas narrativas dos casos selecionados, fortemente dramáticas e muito relacionadas a elementos presentes na literatura; e os discursos produzidos pelo jornalismo de A Gazeta, muito conectados a tendências punitivistas e ao direito penal.

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