Bernadette Lyra é uma das semifinalistas do Prêmio Oceanos

Entre os artistas que também foram classificados estão Chico Buarque, Milton Hatoum e Mia Couto. Resultado será divulgado até dezembro

Lançado no ano passado, o último romance da capixaba Bernadette Lyra, “Ulpiana”, está entre os 54 livros semifinalistas do Oceanos 2020 – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa, um dos prêmios literários mais importantes para os países de língua portuguesa. Entre os artistas que também foram classificados estão Chico Buarque, Milton Hatoum, José Luiz Peixoto, Marcelo Rubens Paiva e Mia Couto.

Esta edição do Oceanos recebeu 1.872 inscrições de livros publicados em diferentes países por autores de 11 nacionalidades. Dos trabalhos selecionados para a semifinal, há livros de poesia, romances e coletâneas de contos e de crônicas. Todas as produções concorrem entre si, uma vez que a premiação não faz distinção entre os gêneros literários.

O valor total do prêmio desta edição soma R$ 250 mil: o livro vencedor receberá 120 mil, o segundo colocado, 80 mil, e o terceiro, 50 mil.

Por causa da pandemia, as análises e votações serão todas realizadas virtualmente, com o apoio dos profissionais da área de tecnologia do Itaú Cultural, parceiro do projeto. O resultado final será divulgado entre novembro e dezembro deste ano.

 

Enredo

Com o intuito de retratar os efeitos da solidão, “Ulpiana” conta a história de uma mulher que morre e deixa vários mistérios para trás. Instigada, sua sobrinha tenta investigar a morte da tia, enquanto vai conhecendo histórias de outras mulheres que se entrelaçam ao dela. A obra foi publicada pela editora À Lápis, de São Paulo.

O título da obra se refere a uma antiga necrópole em ruínas, situada nos Balcãs, na planície do Kosovo. Esse local misterioso situa as cenas do livro e perpassa toda a narrativa, que se desenrola de forma não linear em torno da vida dessas várias personagens, unindo fragmentos de memórias e tramas, envolvendo enganos, desenganos e perdas.

“‘Ulpiana’ foi escrito porque sempre achei perturbadora a atitude das pessoas diante da morte. Sobretudo, se essa morte se deve a um ato voluntário por parte de alguém. Nesse último caso, os viventes que ficam buscam alguma coisa que atenue o espanto, a dor da perda, a sensação de culpa. E seguem repetindo os pequenos rituais do dia a dia, enquanto têm de enfrentar as lembranças e o fato de que a vida inevitavelmente se acaba, às vezes de forma brusca e inesperada”, explica a autora.

Bernadette Lyra nasceu em Conceição da Barra/ES. Escritora com prêmios literários obtidos por todo o país, tem trabalhos em antologias, revistas e jornais do Brasil e do exterior. Alguns livros de ficção publicados: “Memória das ruínas de Creta” (1997, 2a ed. 2018); “Tormentos ocasionais” (1998); “O parque das felicidades” (2009); “A capitoa” (2014); “Água salobra” (2017). Como pesquisadora de cinema publicou “O jogo dos filmes” (2018), entre outras obras.

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