ANÁLISE CRÍTICA DE PORNOGRAFIAS FEMINISTAS: Diálogos com os Feminismos e ressignificações da sexualidade
Nome: LILIANA ROCHA FERNANDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/02/2022
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| ERLY MILTON VIEIRA JUNIOR | Orientador |
| GABRIELA SANTOS ALVES | Examinador Interno |
| LÍVIA DE AZEVEDO SILVEIRA RANGEL | Examinador Externo |
Resumo: Pornografia e Feminismo estiveram em oposição por muito tempo, sendo que, ainda hoje, essa relação acende debates acirrados. O feminismo antipornografia tem raízes na discussão teórica travada especialmente nos Estados Unidos da América nas décadas de 1970 e 1980, chamada Feminist Sex Wars. Grosso modo, esse movimento defendia a censura de materiais
pornográficos, sob o argumento de que a pornografia promovia a violência contra a mulher. As feministas pró-sexo, por outro lado, lutavam pela emancipação sexual, a par de toda opressão vivenciada pelas mulheres em relação à sua sexualidade. A presente pesquisa analisa a produção pornográfica que se intitula feminista, contextualizando-a com o debate citado
anteriormente, a partir do referencial teórico feminista e de autoras dos estudos pornográficos. Um dos principais pontos defendidos pelas diretoras que se propõem a produzir pornografias feministas e dissidentes é romper com os discursos sexistas que imperam na pornografia mainstream, produzindo novas formas de demonstrar o sexo, sob uma perspectiva que privilegie também o prazer feminino. Considerando esse pressuposto, passa-se a analisar três filmes específicos: Gender Bender (2018, Erika Lust), Skin (2009, Elin Magnusson) e Landlocked (2018, Lívia Cheibub). Utilizando convenções narrativas da pornografia tradicional como categorias de análise comparativa das performances sexuais, busca-se identificar as ressignificações ou des-territorializações de discursos sobre sexualidade e prazer nos filmes analisados.
Palavras-chave: Pornografia. Feminismo. Cinema. Des-territorializações. Sexualidade.
