Vida das imagens políticas: padrões visuais do debate público nas redes sociais

Resumo: O presente projeto de pesquisa é resultado de trajetória envidada a investigar os usos de imagens nas redes sociais no Laboratório de estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo. Reconhecido pelas ferramentas de mineração e análise de grandes volumes de dados (big data) de redes sociais, o laboratório também se concentra na tarefa de construir metodologias e instrumental teórico para investigar a produção, a circulação e o consumo de imagens nas redes sociais. O estudo da vida das imagens políticas é também uma forma de estudar o debate público nas novas mídias.
Desde 2013, o Labic tem se debruçado sobre o desafio de minerar, processar e visualizar centenas de milhares de imagens, especialmente no campo político. Como forma de dar prosseguimento a uma das abordagens mais originais do laboratório que se justifica essa pesquisa: aprofundar os estudos e desenvolvimentos de métodos capazes de identificar os padrões visuais nas imagens políticas nas redes sociais. O reconhecimento das pesquisas já realizadas pelo Labic no campo visual – seja em reportagens jornalísticas para veículos nacionais ou internacionais, seja em publicações acadêmicas – demonstra a relevância do tema1.
Esse projeto de pesquisa, com duração prevista de 24 meses, se junta aos esforços de outros laboratórios que atuam numa nova área científica: a Ciência de Dados, definidas como um conjunto de teorias e métodos aplicados para interpretar megadados (big data) em diferentes plataformas digitais. Nossa pretensão é analisar os megadados gerados em redes sociais, filtrando-os para identificar padrões visuais, inclusive com a possibilidade de analisar o comportamento dos chamados perfis robôs (bots). Essa metodologia mista se apoia nas “Análises Culturais (Cultural Analytics)” (MANOVICH, 2017). Assim, esse projeto tem o seguinte objetivo principal: investigar o compartilhamento de imagens nas redes sociais digitais e usar as relações entre os usuários para identificar os padrões visuais. Além disso também interessa analisar os tipos mais relevantes, cruzando esses dados com bibliotecas visuais existentes. Uma das hipóteses deste projeto é que as imagens mais replicadas nas redes refletem arquétipos pictóricos (MACHADO, 2015) que reforçam padrões historicamente forjados. Isso se aplica tanto para os estudos de mensagens ofensivas, racistas ou mesmo que disseminam discurso de ódio.

Data de início: 01/08/2020
Prazo (meses): 24

Participantes:

Papel Nomeordem decrescente
Coordenador FABIO GOMES GOVEIA
Transparência Pública
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